O TUBARÃO
- EM 45 SEGUNDOS -
Os tubarões são animais magníficos e fascinantes, envoltos em mitos e mistério, que preenchem o nosso imaginário desde sempre. Prudentes e reservados por natureze, são vítimas de preconceitos profundamente injustos, desproporcionados e desajustados à sua natureza e comportamento. Vamos aprender um pouco mais sobre estes extraordinários animais, neste pequeno vídeo de 45 segundos:
Os primeiros tubarões de se tem conhecimento apareceram há cerca de 440 milhões de anos, cerca de 200 milhões antes do período em que os dinossauros pisaram a terra. Os tubarões não só sobreviveram à extinção em massa que vitimou os grandes répteis, mas a todos os eventos de extinções em massa por que passou o nosso planeta, podendo dizer-se que são verdadeiros sobreviventes, resultado natural da sua formidável adaptação ao meio onde vivem e ao seu lugar na cadeia trófica.
Existem mais de 500 espécies de tubarões documentadas, espalhados por todos os oceanos do mundo com excepção do Glaciar Antárctico. Podemos encontrar espécies de tubarões até cerca de 3.000 m de profundidade.
Quando comparados com outros peixes, os tubarões têm algumas características que os diferenciam. As principais são:
- Esqueletos cartilagíneos, em vez de ósseos, que lhe proporcionam uma maior leveza e flexibilidade.
- Têm o corpo coberto por escamas placóides que lhes proporcionam grande hidrodinâmica e reduzem a turbulência durante a natação que é, no entanto, bastante áspera ao tacto quando tocada no sentido contrário ao da natação, característica que serve também como arma de defesa;
- Os dentes, um dos ícones destes animais, são escamas modificadas, feitas de um material mineral calcificado chamado Dentina, não fixas à mandibula, mas presas a tecido conjuntivo, permitindo-lhes substituir continuamente os dentes perdidos, podendo este número ascender a algumas centenas de dentes durante o período e vida de um tubarão;
- Não terem bexiga natatória como os peixes ósseos, tendo em vez disso um grande fígado, o maior órgão de um tubarão, onde produzem um óleo menos denso que a água, também conhecido com óleo esqualeno, que lhes permite controlar a sua flutuabilidade de forma mais eficaz que uma bexiga natatória por não estar sujeito às variações de volume dos gases provocadas pelas variações de pressão;
- Terem 5 (a maioria), 6 ou 7 fendas branquias, que lhes permitem uma grande eficácia na extracção de oxigénio da água. Algumas espécies de tubarões têm de nadar continuamente para manter o fluxo de água que lhes permite extrair o necessário oxigénio para o seu metabolismo, este processo é conhecido como ”ventilação ram”, enquanto outras espécies conseguem bobear a água através das branquias sem ser necessário nadarem para o efeito;
- Ao nível da reprodução os tubarões, ao contrário da maioria dos outros peixes, são denominados reprodutores de “Selecção K”, o que significa que têm uma maturidade tardia e um pequeno número de crias, que nascem bem desenvolvidas, após um período longo de gestação. Os tubarões recorrem à fertilização interna e podem desenvolver os embriões de três formas: Ovovivípara (a maioria), Ovípara e Vivípara. Há casos documentados, se bem que mal conhecidos, de reprodução assexuada em tubarões.
São predadores de topo, ocupando as posições mais altas da cadeia trófica dos oceanos, sendo uma peça fundamental na manutenção do delicado equilíbrio dinâmico de toda pirâmide alimentar e, consequentemente, dos ecossistemas marinhos.
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